Os males da modernidade – Obesidade: Epidemia no Brasil

Você já ouviu as histórias de vida de seus avós, bisavós? Do quanto a vida tinha suas dificuldades? Tirar leite da vaca, plantar seus próprios alimentos, andar a pé ou de bicicleta para chegar ao trabalho, a uma mercearia ou fazer um passeio? São algumas de muitas outras situações que faziam com que gastassem muita energia. Estas situações parecem desconfortáveis, mas a vida moderna trouxe muitos benefícios como estacionar à porta do estabelecimento ou da empresa, solicitar seu lanche pelo telefone, e outras comodidades que parecem favoráveis, mas que para muitas pessoas tornou-se um sedentarismo que favorece o tão indesejado aumento de peso.

E para contribuir ainda mais, os alimentos acompanharam esta trajetória de mudança, ficando cada vez mais fáceis de serem adquiridos e consumidos. Opção ideal para quem busca a rapidez e praticidade na hora de se alimentar. Encontramos Fast foods que oferecem praticidade e diversão associadas a alimentos ricos em carboidratos, açucares e gorduras.

E se nosso meio de transporte não é mais a bicicleta, se não levantamos do sofá nem para mudar o canal da televisão, onde estamos gastando nossa energia?

Por outro lado, uma grande variedade de alimentos saudáveis está disponível nas prateleiras dos supermercados e lojas de produtos naturais. Temos a opção de gastar calorias com atividades físicas variadas e em locais diversificados. Assim, não há desculpas para não se exercitar já que as possibilidades estão até mesmo em locais públicos e gratuitos como as academias ao ar livre.

Isso tudo nos mostra que a geração saúde encontra opções diversas para cuidar da saúde. Mas porque ainda assim estamos aumentando o peso?

Entendendo que manter o peso é um equilíbrio entre os níveis calóricos consumidos e os níveis calóricos gastos, certamente que a falta de atividade física e o consumo de alimentos inadequados favorecem o aumento de peso, ou seja, consumo mais e gasto menos, logo, engordo!

Os parâmetros para esta conclusão estão no cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal) o qual considera alerta quando este índice encontra-se acima de 25, o que caracteriza Sobrepeso.

Pesquisas (2010, 2011 – IBGE) mostram que a obesidade já é uma epidemia no Brasil. É considerada uma doença crônica que não faz distinção de sexo, raça ou idade, podendo inclusive desencadear outras patologias comórbidas como hipertensão, trombose, entre outras comorbidades.

Com incentivo do Ministério da Saúde, mudanças já estão sendo evidenciadas em algumas escolas e empresas. Além de oferecerem alimentos mais saudáveis elaborados sob orientação nutricional, deixam expostos os níveis calóricos de cada alimento favorecendo assim a conscientização na hora da escolha da refeição.

O tratamento para a obesidade é amplo, variado e de acordo com cada caso. Sugere-se avaliação clínica para descartar qualquer problema de ordem fisiológica (hipotireoidismo, menopausa…) que possa estar contribuindo para o aumento de peso.

Em alguns casos, o uso de medicação pode ser necessária, porém, somente com avaliação e indicação do médico psiquiatra.

Por outro lado, é fundamental atentar aos fatores psicológicos, pois na maioria das vezes eles influenciam no aumento de peso e nas dificuldades encontradas no emagrecimento. Problemas como depressão, ansiedade, traumas e outros mecanismos psicológicos internos podem ser vilões e, por isso, muitas vezes é necessário o acompanhamento psicológico para evidenciá-los. Neste caso, o psicólogo poderá auxiliar o cliente na identificação de seus pensamentos automáticos e sabotadores internos, incentivá-lo a buscar alternativas funcionais para manutenção da reeducação alimentar e atividade física, além de auxiliá-lo a criar metas e seguir a favor delas. O uso de técnicas como a hipnose e relaxamento favorecem muito os resultados do tratamento.

Porém, isso tudo não basta se não houver o “querer” e o “comprometimento” por parte daquele que busca a manutenção do peso ou o emagrecimento saudável. A tomada de ação faz toda diferença.

Sites que apresentam os resultados das pesquisas:
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pesquisa-do-ibge-mostra-que-obesidade-e-epidemia-no-brasil/

http://www.endocrino.org.br/numeros-da-obesidade-no-brasil/


by Josiéte Trentini Stocco