TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)

O QUE É

Pode ser considerado normal o indivíduo sentir-se ansioso diante de situações novas e desconhecidas, principalmente quando se é avaliado, como no caso de uma entrevista de emprego. Porém, aquele que possui Fobia Social, potencializa este medo, e muitas vezes de forma antecipatória.

De acordo com o DSM V, no transtorno de ansiedade social (fobia social), o indivíduo é ansioso e teme ou esquiva de situações sociais ou outras situações em que poderá ser avaliado ou observado (comer, falar, escrever…), visto que interpreta o fato como um risco de avaliação negativa.

SINTOMAS

Além de todo o quadro comportamental e psicológico manifestado durante a crise fóbica, como medo e apreensão em eventos sociais, preocupações em fazer ou falar algo inconveniente, ser o foco das atenções, medo de julgamento, dificuldade de interação com pessoas desconhecidas, preocupação em não demonstrar sua ansiedade, entre outros, alguns sintomas físicos também podem estar presentes como taquicardia, taquipnéia (respiração ofegante) rubor fácil, sudorese, tremores, voz embargada, entre outros.

CAUSA

Entre as causas que podem explicar o transtorno, pode-se citar situações adversas vividas na infância, situações negativas e condições aprendidas relacionadas à ansiedade. Por outro lado, questões genéticas de ansiedade social podem colaborar para o desenvolvimento da doença.

Estatísticas mostram um comparativo onde 30% dos casos de ansiedade social estão relacionados à genética, permitindo uma conclusão de que os outros 70% podem ter ser por fatores ambientais, traumas e outras situações vivenciadas na infância e adolescência.

DIAGNÓSTICO

Para que o diagnóstico seja fechado é necessário que o indivíduo preencha alguns critérios conforme DSM V:

  • Medo de agir de forma que exponha sua ansiedade e seja avaliado negativamente;
  • Medo e ansiedade diante de situações sociais, por isso geralmente são evitadas;
  • O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real;
  • Geralmente o quadro dura mais de seis meses;
  • Causa prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo;
  • Causa sofrimento clinicamente significativo.

** Outras especificações, consulte o DSM V.

 COMORBIDADES, PREVALÊNCIA E CURSO

Segundo estudos, as taxas mais altas de comorbidades para fobia social são depressão maior, abuso de substâncias, TAG e Transtorno de Pânico.

A prevalência não é especificada em maior ou menor grau de acordo com o gênero (sexo), ou seja, tanto homens como mulheres podem desenvolver a Fobia Social e buscar tratamento.

Estudos mostram que o início das manifestações ocorre na metade da adolescência e 50 a 80% podem cronificar a patologia.

TRATAMENTOS

O tratamento medicamentoso associado à psicoterapia é fundamental. O psiquiatra é o melhor especialista para prescrever a medicação adequada.

A psicoterapia irá trabalhar com a terapia de exposição gradativa e treino de habilidades sociais de forma que a ansiedade diminua gradativamente durante eventos de exposição.

As metas para tratamento terapêutico são:

  • Reduzir a ansiedade antecipatória;
  • Contrapor constrangimento excessivo;
  • Eliminar estratégias de segurança;
  • Fortalecer a tolerância à ansiedade;
  • Reduzir a inibição;
  • Eliminar ruminação após evento;
  • Eliminar crenças centrais.

 O uso da hipnose como ferramenta da psicoterapia é de grande utilizada com foco na ressignificação do medo. De acordo com alguns hipnoterapeutas isso poderá ser feito por meio da regressão de memória e sugestões que facilitem a reestruturação de forma a dar um novo significado à situação traumática ou à causa do desenvolvimento da fobia.

Não podia ser diferente de outros transtornos, a importância da participação da família neste tipo de patologia. Suporte e incentivo familiar fazem parte do tratamento.

  • Vale ressaltar que a potencialização do quadro de fobia social se dá pela interpretação negativa dos fatos. Portanto, ensinar o paciente a ressignificar a sua própria percepção de vida e de tudo que o cerca é fundamental.

by Josiéte Trentini Stocco

 

Referencial
Beck, Aaron. Clark, David A. Terapia Cognitiva para Transtornos de Ansiedade: ciência e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012.

www.minhavida.com.br/saude/temas/fobia-social
www.cerebromente.org.br/n05/doencas/fobias.htm
www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=75
http://agoraparana.uol.com.br/backup_site/index.php?option=com_content&view=article&id=5312:rui-sampaio&catid=68:rui-sampaio&Itemid=144

 

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